terça-feira, 9 de dezembro de 2008

MITOlogicamente criado.

Deve ter sido uma dádiva dos deuses do Olimpo, aquela que foi concedida aos responsáveis do centro de estilo da Alfa Romeo, obrigação, apenas uma, tinham de conseguir criar um Mito dentro do próprio mito. Conseguiram? Ainda é cedo para saber. Mas uma coisa posso garantir, não sei se este pequeno pedaço de alma italiana quer ser um MITO, mas um Alfa Romeo quer de certeza.

Por fora.
A suas curvas não enganam, e recorrendo ao seu DNA, temos a certeza que estamos perante o filho primogenito do fabuloso 8C Competizione, a parte frontal arrebata-te, a traseira deixa-te de rastos, observando o resto das suas linhas damos conta que estamos na presença de um adolescente, irreverente, corajoso e que sonha todos os dias em ser como o seu pai, esse sim o último mito da casa de Arese.
Comportamento.
Comporta-se tal e qual um adolescente, é calmo, compreensivo e de repente torna-se agressivo conseguindo mesmo faltar ao respeito aos mais velhinhos, deixando estes à beira de um ataque de nervos, e tudo por culpa da patilha da adolescência (DNA) que dá ordens diferenciadas aos 155Cv italianos do motor 1.4 TB, no adolescente os acontecimentos diários mudam a sua atitude e humor, no MITO também, o sistema Dynamic, Normal, e All Weather (DNA) foi desenvolvido exactamente para que o rapazinho possa ter os seus caprichos, porque se agora está calmo, ao leve toque de uma patilha, quer apenas tornar-se rebelde.
Por dentro.
Por dentro o MITO continua a ser um jovem, tem um guarda-roupa vasto com algumas opções interessantes, dependendo do nível de equipamento escolhido, o Progression, ou o Distinctive.
A posição de condução é confortável, sendo no entanto um pouco alta, perdendo desta forma algum cariz desportivo que está amplamente vincado neste pequeno bólide, é claro que este defeito pode ser rápidamente rectificado coma aquisição de mais um adereço para o pequeno benjamim, falo dos bancos com aspecto de baquets disponíveis nas versões mais equipadas.

Por fim.
A atracção existe desde o inicio do encontro, entre homem e máquina cria-se uma relação de proximidade, o teste termina, e a vontade que fica é a de me tornar parte o MITO. É bonito, é irreverente, faz-nos sentir eternamente jovens e consegue transformar-nos num piloto de uma qualquer fórmula existente no desporto motorizado.

A Alfa dá a escolher.

1.4 TB Pogression 23200 €uros
1.4 TB Distinctive 24400 €uros
1.6 JTDM Progression 23250 €uros
1.6 JTDM Distinctive 24550 €uros
1.3 JTDM Fevereiro 2009
1.4 120cv Fevereiro 2009
1.8 Turbo 230cv Julho 2009

Equipamento de série.
Controlo de estabilidade e tracção, sistema electrónico Q2, direcção electrónica activa (DST), Rádio c/CD e MP3, ar condicionado manual, airbags frontais, laterais e de cortina, airbag para os joelhos do condutor, vidros eléctricos, fecho central de portas com comando, computador de bordo.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O sonho americano.

Fala-se muito da indústria americana de transformação automóvel (que acho sem dúvida muito interessante) talvez se deva ao facto de todos os dias o canal Discovery mostrar um pouco dessa forma de estar do 'uncle Sam', grande, excêntrico, e capaz de fazer tremer todas as outras culturas automobilísticas apenas com um rugir dos seus motores, talvez!!Mas naquele outro continente antigo e cheio de história, fazem-se as coisas de outra forma, deixa-se o aparato de lado e desenvolvem-se produtos com classe, com tempo, sem pressa de acabar para vender no dia seguinte, os europeus transformam por prazer, pelo simples gozo que 'aquilo' de transformar ou restaurar automóveis lhe dá. Vamos lá a estimar os nosso carrinhos porque eles para nós são únicos, pois são os únicos que temos.

A diferença tem nome. DELTA.

A diferença, sobressai, faz girar cabeças que admiram a coisa, a forma, o ser, que é original e não igual a tudo o resto, não se admira por ser belo ou por ser feio, admira-se porque tem "O poder de ser diferente".
É assim o novo Lancia Delta, um automóvel que de normal tem pouco.
Exterior.
A sua silhueta arrojada, de típico design italiano, controverso, mas belo, destaca-se pela sua harmonia de linhas, da traseira surge em relevo o farol que prolonga a sua linha até à dianteira, dando a sensação de alongamento da carroçaria, cortando assim com a ideia de monovolume que "agora" caractriza o segmento médio. Os cromados estão harmoniosamente colocados, na tentativa de não ferir o olhar mais atento dos observadores mais exigentes.
O novo Lancia Delta, consegue ser mais apelativo em tons mais escuros, o casamento entre cromados e estas cores é sempre uma união feliz, mas para quem quer ser ainda mais excêntrico, tem sempre a alternativa de ter o Delta bicolor, onde o tejadilho surge com uma cor diferente da parte inferior, à semelhança do Lancia Ypslon.

Interior.
O conductor chega, observa, toca e prepara-se para iniciar viagem instalado num interior típico Lancia. Apesar do seu palmarés desportivo, que chega mesmo a ser invejável para alguns, a marca fundada em 1906 por Vincenzo Lancia, sempre se notabilizou pelo requinte e conforto que colocava na construção dos seu interiores, ideais que hoje em dia a marca volta a apostar com a intenção de reabilitar a imagem perdida da marca.
No Delta nota-se claramente a vontade da Lancia em diferenciar este automóvel das restantes ofertas do grupo FIAT para o segmento médio, criando a imagem que a Lancia é a marca de luxo do Grupo da família Agnelli. Apresenta uma boa posição de condução, criando uma envolvência entre conductor e interior digna de registo, sentimo-nos bem ao volante desta Delta, faz-nos sentir especiais, faz-nos sentir diferentes.
Motor. (Versão testada 1.6 Multijet)
Sem prestações assombrosas a nível de acelerações e recuperações, este bloco 1.6 Multijet de 120 cv destaca-se pelo comportamento equílibrado, baixo consumo e andamento que não compromete, trata-se de um novo motor pertencente à já vasta família diesel Multijet, capaz de deixar satisfeito até o mais exigente dieselmaniaco.
Para quem nem quer ouvir falar em diesel, tem sempre disponivel as novas motorizações turbinadas oferecidas pelo grupo FIAT, nas quais se destaca, tanto pelo preço como pela sua prestação, o bloco 1.4 Turbojet de 150cv.
Conclusão.
O Delta destina-se a pessoas de gosto refinado e que gostam de sobressair quando se deslocam no seu meio de transporte. Não é o cliente que quer comprar o Delta, é o Delta que se deixa comprar pelo cliente. E isso só está ao alcance de alguns

O Inicio

O veículo motorizado sempre despertou grande interesse no ser humano, fosse por necessidade, fosse por prazer, o prazer de construir máquinas que nos fariam e fazem, ainda hoje ir mais além.
No entanto, foi o automóvel que mais se popularizou e contribuiu de forma mais positiva para o desenvolvimento económico e industrial.
Os quatro cantos do mundo, aceitaram a sua invenção de mente aberta, cada parte do globo desenvolveu um pedigree próprio de cada cultura, assim como a forma de estar perante ideias e inovações, que iam saindo das mentes brilhantes dos seus engenheiros. A ideia de que existem diferentes formas de estar, pode ser resumida de uma forma realmente simples. Se aos alemães lhe podemos atribuir, sem receios, a invenção do automóvel, aos franceses cabe o mérito da sua difusão nos finais do século XIX, graças em parte à sua capital da arte Paris. Aos Estados Unidos, devemos a sua popularização e acesso do automóvel às massas, enquanto os ingleses complicavam a sua construção, "porquê fazer um motor com cem porcas e parafusos se podemos construir um com o dobro dos componentes". Para os italianos estava reservado a conversão de tudo isto em obra de arte, muito por culpa das suas carroçarias delicadas e suas finas e eficazes mecânicas.
É assim que se irá analisar um automóvel no autoblogtest, pois a sua origem transmite algo, transmite os ideais dos seus fundadores, e não se pode comparar o incomparável.