quinta-feira, 12 de março de 2009

Não é um carro, não é um camião, não é mais um 4x4, é um HUMMER.

Quando surge a oportunidade de experimentar um “martelo” que não é um carro, não é um camião, não é um comum 4x4, é um HUMMER, todos os pedacinhos da nossa epiderme fervilham de excitação, qual miúdo de bicicleta nova, isto sim é um brinquedo e que grande caixa embrulhada seria, cabendo apenas debaixo da maior árvore de natal da Europa.
A excentricidade do povo americano cabe inteirinha dentro do “martelo”, tem potência que se vê, ouve e se sente. Roda-se a chave e percebe-se de imediato o “Tio Sam” a gritar bem alto “Parem todos os que circulam que vai desfilar a América” e é ai nesse preciso momento que as pessoas abrandam, param e observam para ver passar um HUMMER, e nós que vamos ao volante sentimos, pelo menos uma vez na vida, que no asfalto ou na terra batida quem manda… não, não somos nós… é o HUMMER .

Veículo civil ou Tanque de Guerra?

A pergunta faz todo o sentido, principalmente quando nos sentamos dentro da caixa forte, ao olharmos de dentro para fora reparamos por fim nas suas origens, um veículo primeiramente inventado para servir o exército americano em terrenos difíceis, janelas pequenas acentuam a sensação de carro militar dificultando um pouco a visibilidade, mas bancos em pele com regulações eléctricas, rádio de excelente performance, ar condicionado, direcção assistida, ABS e uma caixa automática de 3 relações, levam-nos de imediato a concluir que estamos perante um automóvel 4x4 para uso civil, mas sabem uma coisa, podemos sempre fingir que somos o “Rambo”.

“Martelo” esculpido ou para esculpir?
De dimensões exteriores mais discretas, quando comparadas com os seus antecessores H1 e H2, este H3 tem no entanto tudo para ser um verdadeiro HUMMER, as linhas da sua silhueta não enganam, é um carro verdadeiramente musculado, verdadeiramente americano, de costas largas e como um verdadeiro culturista impõe respeito por onde passa e demonstra a sua força sempre que é necessário, mesmo parado este “Governador da Califórnia” parece estar sempre disposto a partir tudo à sua volta. Então poderia dizer que este “martelo” estaria predefinido para elaborar todos os tipos de trabalhos forçados, no entanto, consigo-o apenas enquadrar no conjunto de veículos que desenvolvem uma personalidade própria e estão carregados de carisma, veículos que se compram pelo que são e não pelo que poderiam ser. AHH e já me esquecia, é um HUMMER e foi esculpido, não é para mexer mais.
“Martelo” pneumático ou manual?
Com um Motor de 5 Cilindros em linha, que não é belo mas que se pode adjectivar de imponente, 3.5cc, debita 230cv, copulado a uma caixa automática de 3 relações e filtro de ar cónico, travões deveras eficazes, não acham que...Podia ser o V8. Podia, mas não sei se o pai natal o entregava, talvez trocasse o trenó e as renas por um belo e único HUMMER vermelho.
Fotos: Nélio Marques

quarta-feira, 11 de março de 2009

Carros velhos, antigos ou clássicos?

A questão é apenas uma, no entanto consegue-se enquadrar as três possibilidades na sua resposta, o que para uns são apenas carros velhos e que apenas atrapalham o normal funcionamento da evolução automobilística, para outros são antigos com potencial histórico capazes de serem portadores de histórias únicas do seu tempo, pelo menos para quem é portador por assinatura do seu livrete, proprietários que têm todo o direito e mais algum de querer guardar esse pequeno pedaço de memórias, para que um dia possam vir a ser a última possibilidade da questão inicial, verdadeiros clássicos e representar por teimosia a paixão e o património automóvel em Portugal.
Actualmente, ou não há respeito por quem apenas quer conservar o que é seu por direito, ou há um desconhecimento total dos nossos governantes em relação a uma matéria que apesar de não parecer dá de comer a muita gente e movimenta alguns milhares, para não dizer milhões de euros todos os anos, o objectivo é sempre o mesmo aumentar a carga fiscal. Norma antipoluição, de acordo, com excepções para os clássico, sem dúvida, é que quer queiram quer não queiram 10 coupes desportivos do inicio dos gloriosos anos 80 que apenas saem uma ou duas vezes por mês poluem de certeza menos que 10 novos turbo diesel que circulam todos os dias nas nossas cidades, mas isso não importa, porquê? Porque vendem-se que nem “Ginjas” e não se pode voltar costas a tão doce rebuçado que é o nosso IA, que pague os clássicos a factura, que isto dos carros antigos até é hobbie de “ricos”.